Períodos da história de grande tensão normalmente têm as causas reais dos acontecimentos encobertas em sua época, de maneira que a tomada de decisões é sempre crítica. Assim, a construção da história de um país demanda, acima de tudo, uma compreensão cuidadosa dos eventos passados, para que sirva em alguma medida de balizamento ao que vem à frente.
O período da ditadura civil-militar no Brasil iniciada em 1964 deu-se em uma situação única do país e do mundo, do ponto de vista cultural, econômico, político, ideológico etc. Segmentos diferentes da sociedade reagiram diferentemente a fatos e pressões da época. A análise de documentos e as entrevistas extremamente oportunas realizadas pelo historiador Marcelo Botosso a respeito da atuação de um dos grupos que fez a opção pela luta armada no período ditatorial, as Forças Armadas de Libertação Nacional, FALN, permitem compreender, mais que realizar qualquer estabelecimento de juízo de valor, os conflitos, as dificuldades e o contexto relacionado à ação nesse período sombrio da história do Brasil. Uma vez que os riscos à integridade do país nunca se esgotam, essas deveriam ser reflexões permanentes.
Sumário
Apresentação 11
Agradecimentos 13
1 Da luta armada ao “pacifismo” 15
2 O golpe de Estado 17
3 A proposta armada na iminência do golpe 26
4 Do “pacifismo” à luta armada 38
5 FALN: A Nova Esquerda 47
De estudantes e trabalhadores rurais a guerrilheiros revolucionários 50
A tensão entre legalidade e ilegalidade no combatente irregular: uma discussão que se faz necessária 55
6 O Berro como ponto de partida 59
7 Investidas contra o autoritarismo: a ação como ordem do dia 72
8 Herança pecebista: o etapismo e as FALN 76
9 Os protagonistas —Carbonários do século XX 81
O caso Madre Maurina 97
10 Ações 106
A propaganda foi a “arma” das FALN 106
Expropriação à pedreira 110
O início do fim 116
11 Considerações Finais 124
12 Fontes utilizadas 126
13 Referências Bibliográficas 129
Tamanho: 14 x 20; Páginas: 136; Ano: 2006.
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