Editora: Funep
Autor(es): Marcos Antonio Leite do Nascimento, Matheus Lisboa Nobre da Silva, Fábio Augusto Gomes Vieira Reis
ISBN: 978-65-87797-00-7
Ano de publicação: 2020
Idioma: Português
Peso: 500g
Formato: 225 x 300 mm
Quando se fala do Rio Grande do Norte, o primeiro pensamento que vem à mente são as maravilhas de seu litoral. Entretanto, o estado possui cinco polos turísticos, entre os quais está o Polo Seridó, formado por 12 municípios (em 2020) do semiárido potiguar, que é conhecido pelo seu turismo cultural, religioso e de aventura. O projeto Geoparque Seridó (hoje, Geoparque Aspirante Seridó) faz parte dele e se destaca por apresentar um patrimônio geológico único com pontos de interesse de valor científico, turístico, histórico e cultural em seu território que é formado pelos municípios de Cerro Corá, Lagoa Nova, Currais Novos, Acari, Carnaúba dos Dantas e Parelhas.
Embora o Projeto Geoparque Seridó tenha sido iniciado por geólogos do Serviço Geológico do Brasil – CPRM em parceria com pesquisadores da UFRN, há dez anos, a sua continuidade e desenvolvimento se deve ao comprometimento e trabalho contínuo ao longo deste tempo de uma equipe técnica multidisciplinar em conjunto com setores da sociedade civil organizada e da iniciativa privada. O resultado é a promoção do desenvolvimento regional sustentável pelo incentivo ao geoturismo aliado à conservação do patrimônio geológico e da biodiversidade, programas de geoeducação e de preservação do patrimônio cultural. Certamente estas atividades, que geram renda e empregos para as populações locais e estão em consonância
com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuíram fortemente para que todos os municípios que compõem este território fossem incluídos no Mapa do Turismo Brasileiro 2019-2021, elaborado pelo Ministério do Turismo. Um programa com tal abrangência conta com o apoio das prefeituras dos municípios do território, do governo estadual e federal e de diversas entidades técnico cientificas que reconhecem o mérito da proposta, a exemplo da Sociedade Brasileira de Geologia – SBG e da Associação Brasileira de Defesa do Patrimônio Geológico e Mineiro – AgeoBR, além do Araripe Geoparque Mundial da UNESCO, o único geoparque brasileiro até a presente data, apesar da grande geodiversidade do nosso país.
Geoparque Seridó: geodiversidade e patrimônio geológico no interior potiguar, através de uma linguagem simples, mas com exatidão científica, figuras didáticas e fotografias convidativas nos arrebata para uma viagem diferente, no tempo e no espaço, para conhecer e entender a formação do rico patrimônio geológico desta parte do Seridó (rochas, minerais, minérios, fósseis, relevo, rios – os elementos da geodiversidade) e suas conexões (por ex., os registros rupestres), que registra cerca de 2,25 bilhões de anos da história do nosso planeta, indo da rara beleza de colunas basálticas de resfriamento à diversidade da expressão de um dos principais eventos tectônicos do Planeta Terra, o Ciclo Brasiliano. Além da biodiversidade da caatinga, como não existe geoparque sem pessoas, também somos apresentados às tradições, à história e à cultura do povo seridoense que está intrinsecamente relacionada ao meio natural em que vive.
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