Editora: FEALQ
Autor(es): Sila Carneiro da Silva, Carlos Guilherme Silveira Pedreira, José Carlos de Moura
ISSN: 2175-0823
Ano de publicação: 2015
Idioma: Português
Nº de páginas:
Acabamento: Brochura
Formato: 288
A pecuária, em especial a criação de bovinos de corte em pastagens, desde os tempos coloniais, é a atividade preferencial na ocupação de áreas de fronteira agrícola no Brasil. Nesse contexto, existe a tendência de a pecuária ser conduzida mais como uma “atividade extrativista” de forte caráter especulativo, regida somente pelas leis da natureza. Nesses casos, o uso de insumos e os cuidados com o manejo, quando praticados, são direcionados preferencialmente aos animais, sendo que, para as pastagens, são relegados ou, pior ainda, esquecidos. Essas características da atividade pecuária conduzida em pastagens, se por um lado podem ser vantajosas em certos aspectos, por outro contribuíram, e, de certa forma, ainda contribuem, para criar uma tradição de baixo investimento no uso de insumos e de tecnologia na formação e no manejo de grande parte das pastagens brasileiras. A principal consequência danosa dessa situação tem sido a alta incidência de pastagens degradadas no país e a estigmatização da pecuária desenvolvida em pastagens como uma atividade ineficiente, improdutiva e essencialmente nociva ao meio ambiente. Assim, pelo menos até meados dos anos 1980, prevaleceu no Brasil, em especial nas regiões de fronteira agrícola, essa tendência de baixos investimentos em insumos e tecnologias na pecuária de modo geral e no manejo das pastagens em particular. A partir de então, pressões ambientais e de mercado, além do considerável aumento na disponibilidade de tecnologia (técnicas de recuperação e de manejo de pastagens, lançamento de cultivares mais produtivos de capins, melhoramento genético do rebanho, entre outros) têm incentivado mudança de atitude no setor produtivo de carne e leite do país. Tal mudança de atitude vem contribuindo para quebrar o ciclo de baixa demanda por tecnologia na atividade pecuária conduzida em pastagens no Brasil. Deste modo, um número crescente de produtores vem norteando a pecuária desenvolvida em pastagens a uma fase de maior eficiência, marcada pela busca de aumento de produtividade via intensificação racional. Isto é, produzir maior quantidade de carne ou de leite em menores áreas de pastagem, com maior eficiência, vem se tornando uma necessidade de sobrevivência para a pecuária brasileira. Estes anais focalizam a situação atual e as perspectivas da produtividade das pastagens para a produção animal no Brasil; a degradação das pastagens e os problemas associados a este tema; e o papel da intensificação racional na recuperação das áreas de pastagens degradadas visando ao aumento da produtividade da pecuária nacional e a consequente diminuição da competição por terra entre a pecuária e os ecossistemas naturais
Revisões
Não há comentários ainda.