Após o impacto e o interesse despertados nos leitores com o lançamento do romance Coiote, em 1986, há mais de 20 anos, ele continua sendo leitura e assunto de discussões entre os jovens brasileiros.
O interesse apaixonado pelo personagem principal do romance produziu em nosso linguajar a transformação da palavra "coiote" de substantivo para adjetivo – pois assim passaram a ser chamadas as pessoas que se comportam como o personagem criado por Roberto Freire.
Esse fato certamente foi produzido por ser o coiote um jovem vindo do futuro, com todas as características de pessoa e de personalidade que representaria os sonhos, as utopias e as paixões da juventude revolucionária brasileira.
O livro trata do prazer que essas transformações produzem nas pessoas e das suas lutas para enfrentar o meio conservador.
O belo e perturbador Coiote desencadeia, como numa voragem, uma aventura de consequências imprevisíveis. Entre novos e revolucionários métodos de terapia corporal e utópicas formas de vida comunitária anarquista, entre a hipocrisia das relações sociais e a violência dos mecanismos de repressão, desenvolve-se uma historia de amor – ora impossível, ora furioso, ora encantatório, porque vindo do futuro para se instalar e ficar no lugar do amor burguês.
Coiote é o romance predileto de Roberto Freire, tanto por seu conteúdo original e revolucionário como por seu encanto juvenil. Os leitores que se identificam com o personagem muitas vezes procuram o autor em seu sítio em Visconde de Mauá, que eles próprios chamam de "Sítio do Coiote".
357 Páginas. Tamanho 14x21cm. Editora Francis, 2007.
ISBN: 978-85-89362-72-6
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