O livro nos apresenta um mundo de guerra e hostilidade, onde a nação Valoriana, à qual pertence a protagonista Kestrel, transforma os derrotados de outras nações em seus escravos, e, embora ela seja consideravelmente contra tal tipo de atividade, acaba adquirindo para si um escravo – um ferreiro, que também pode ou não ser um cantor – chamado Arin.
A partir desse ato tão impulsivo, um jogo começa: ninguém é realmente o que aparenta ser, e uma garota poderosa por nascimento, mas sem habilidades para a guerra (ou assim muitos acreditam) se torna a peça-chave nesse tabuleiro de xadrez. Entre traições, mentiras, falsas amizades, novos amores e decisões mortais, cada personagem se envolve de alguma forma em um ciclo de ódio e amargura, onde a maior lição vai revelar que um xeque-mate nem sempre é o fim e que ser vencedor não significa ganhar.
Não há o amor instantâneo, o romance bobo. A escrita da autora é uma das coisas mais cativantes do livro, e o que mais me impressionou foi o modo como ela construiu não só a sociedade Herrani e a Valoriana mas também as relações entre os personagens. Os sentimentos entre os protagonistas foram surgindo com ritmo e, para mim, o modo como a amizade cresceu junto com a química foi muito especial. Difícil não se apaixonar por Kestrel, por Arin e pelo casal em si.
Tamanho: 16cm x 23cm. Páginas: 322. Ano: 2016. Editora: Vergara&Riba. ISBN: 978-85-7683-971-2
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